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Sobre a eleição presidencial de hoje

outubro 26, 2014 By Aldir Gracindo 6 Comments

A disputa eleitoral pela presidência se tornou uma grande briga. As redes sociais e blogs na internet se tornaram uma terra de ninguém de acusações e ataques dos mais absurdos. E as coisas sempre podem piorar quando esse pessoal sai de casa.

Entre nós, ADHM do Brasil, a polêmica também chegou, o que é bom sinal.

Durante o primeiro e segundo turnos, eu fiz algumas postagens a respeito na página Direitos dos Homens e Meninos no Facebook. A maioria criticando a Dilma, só uma criticando o Aécio. Houve polêmica entre os esquerdistas e direitistas, claro, e acusações. Alguns disseram que eu estava fazendo campanha para o Aécio e na única vez que eu critiquei o Aécio, teve gente, com “certeza” que eu era pró-Dilma. Vão continuar acusando, eu sei.

Vou relembrar e esclarecer algumas coisas:

O site A Voice for Men Brasil não tem partido. O AVfM Brasil não tem candidato. Cada colaborador pode ter candidato ou não. O AVfM não está na campanha presidencial do Brasil. Nós não estamos defendendo políticos ou partidos, estamos defendendo uma parte da humanidade: os pais, filhos, os homens e os meninos. Eu compreendo que seja difícil para muitos entenderem, mas o que nós temos contra nós são interesses econômicos e políticos complexos. E uma injustiça embebida na cultura.

Não me interessa tanto o desespero dos cabos eleitorais dos dois lados. Minha decisão de voto está tomada há tempos. Vou usar negrito para ressaltar: Vejam que é a minha decisão individual.

Eu vou votar no Aécio.

Meu principal motivo são as políticas escancarada e desgraçadamente anti-homem do governo do PT até hoje. Há muito tempo eu resolvi que votaria CONTRA a Dilma.

Observem também que essa posição não é por questão de eu ser de direita ou de esquerda. No AVfM, inclusive. O AVfM é um grupo privado que poderia ser partidário, se quisesse. Mesmo entre os editores, alguns estão mais à direita, esquerda ou centro. Eu sou um pragmático político, concordo com algumas coisas da esquerda, outras da direita, detesto certos aspectos nos dois lados. E eu sou um Ativista por Direitos dos Homens e Meninos.

Eu fiz o possível para que o site no Brasil – que ainda está menos ativo do que, espero, vai estar no futuro – tivesse colaboradores de diferentes posições políticas. Felizmente, em pouco tempo nós já temos isso.

Nós estamos em um processo contínuo de organizar um ativismo. Existe o ativismo de levantar bandeira, protestar, disputar, e existe o ativismo estratégico e de análise, de inteligência. Alguns já engajados na nossa causa no Brasil têm uma grande dificuldade em admitir: O paradigma esquerda x direita é ingênuo, superficial, irreal e prejudicial ao nosso movimento. Nós temos que sair dele.

Especificamente nesta eleição, por sinal, a disputa direita x esquerda é em grande parte uma fantasia das militâncias nos dois lados. O que está em disputa agora são diferentes tendências, visões, dentro do centro-esquerda. Entre outras diferenças, o PSDB tem um conceito de Estado menor, embora social; o PT, uma visão mais intervencionista-ideologizada do Estado.

Acontece que a maioria no nosso movimento, assim como eu, se voltou contra as políticas do governo atual. Existe, também, uma tendência de os eleitores homens se afastarem da esquerda, e com razão! A única publicação que eu tenho notícia que fala desse fenômeno é o livro de David Paul Kuhn, chamado “The Neglected Voter: White Men and The Democratic Dilemma”, publicado em 2007. Ocorre que os que forem para a direita política procurando mais justiça em termos de gênero vão se decepcionar e o quanto antes se derem conta dessa realidade, melhor.

Mas antes de chegar a isso, vamos dar uma olhada rápida em por que os homens e as pessoas do nosso movimento estão rejeitando a esquerda, de forma geral. Vou me ater a questões dos homens aqui, sem falar sobre outros aspectos importantes para o Brasil.

A primeira verdade é que qualquer um que votar nas políticas da esquerda atual está votando na injustiça contra nossos pais, irmãos e filhos. Vou dar dez exemplos do governo Dilma-PT (quem quiser referências sobre o que eu citar, pode me pedir nos comentários):

A campanha contra todo homem e menino e a masculinidade (Misandria institucional): Dilma reproduz a campanha de demonização dos homens que o feminismo neo-socialista faz há décadas. Isso está claro nas declarações que ela repete sempre, nos fartos recursos em dinheiro público que engordam organizações feministas, na participação dessas organizações no seio do governo. Ela até mesmo usou milhões em dinheiro público para a organização feminista ONU Mulheres para forjar a pesquisa do IPEA, destinada a “provar” que os homens brasileiros criaram uma cultura que promove o estupro sistemático das mulheres brasileiras. A mesma ONU Mulheres que, entre inúmeras outras coisas, faz campanha contra a mutilação genital feminina, enquanto implementa mutilação genital masculina por todo o continente africano.

As consequências dessas políticas são enormes para os homens. O aumento das prisões por denúncias caluniosas (sem que as acusadoras criminosas sejam punidas), os linchamentos de homens inocentes, os “estupros corretivos” dos acusados falsamente, os tribunais de exceção nas universidades, a alienação parental, a discriminação judicial institucionalizada, a abolição que hoje temos do devido processo legal para os homens, da presunção de inocência para os homens, o cerceamento do direito de defesa para os homens. A Dilma faz tudo isso e se você ainda não sabe ou tem dúvidas sobre cada uma dessas coisas, repito, me peça as referências.

A discriminação nas políticas de moradia: Homens são mais de 82% dos moradores de rua, os mais excluídos na nossa sociedade. O governo atual faz o possível para aumentar essa tragédia que leva a outras tragédias. 86% dos contratos do programa “minha casa minha vida” são para mulheres. Mulheres que hoje são consideradas “oprimidas” por serem as chefes da “nova família” (famílias sem pai), o que é, em enorme parte, devido a elas terem sido, 2 gerações atrás, chamadas de “oprimidas” por serem parte da “família tradicional” (famílias com pai, incumbido de todo o sustento da família). E para os outros 14%, em caso de divórcio, se casarem, a prioridade em caso de divórcio é para a casa ficar com a mulher – e o homem ficar sem casa.

A discriminação no Bolsa Família: Somente 7% dos beneficiários são homens.

A discriminação no Bolsa Verde: Somente 13% têm homens como responsáveis.

Pronatec: Somente 30% dos matriculados são do gênero masculino.

Universidades: Somente 45% são homens. Mesmo eles sendo os que começam a trabalhar mais cedo, se aposentem mais tarde, têm os maiores índices de evasão escolar em todos os níveis educacionais.

Saúde: Não há campanhas ou política de saúde para os homens.

Trabalho formal: Somente 33% da população economicamente ativa com carteira assinada são homens.

Empreendedorismo: Somente 6% (seis por cento!) dos microempreendedores beneficiados pelo bolsa-família são homens.

O governo Dilma trata isso com orgulho: propagandeia essa “prioridade para a mulher”. E isso é aceito na nossa cultura atual. Mas os homens, inclusive os jovens, estão-se tornando anti-esquerda. E deveriam, mesmo, porque se não se pensa que eles devem ter algum apoio e proteção de políticas sociais, mantém-se as expectativas culturais de que eles sejam os mesmos velhos protetores e provedores: Sem benefícios, menos direitos, excluídas as opções, incrementadas as obrigações, deveres e o que, considerando as leis e políticas judiciais, se desenha como uma perseguição estatal descarada.

Um 11º item bônus: No vale-tudo eleitoral, a Dilma e o PT ainda usaram o fato de o Aécio ser homem para atacá-lo. Atacaram a ele exatamente por ser homem. Inventaram oficialmente, na propaganda, o “Abominável Aécio das Neves” (é verdade, está na propaganda OFICIAL do PT nas redes sociais). Isso aconteceu quando inseriram na campanha, entre as acusações de traficante de joias, traficante de drogas, consumidor de cocaína, etc., a acusação de espancador da própria mulher, sem sem nenhuma prova. Acusaram-no do “machismo” e de não respeitar as mulheres, porque se pode levantar dedo contra homens e chamar de “leviano”, mas jamais se o interlocutor for mulher, lembram-se? Pois não se esqueçam. Eu não esqueço.

E eu poderia citar muitos outros pontos, mas esses já deixam claro que o governo atual não só é indiferente aos homens, é escancaradamente contra eles. Institucionalmente, ideologicamente. E orgulhosamente.

Veja a ilustração abaixo, cortesia do Palácio do Planalto e com edição de Marcus Valerio XR.

Dilma

É por isso que a maioria entre os que eu conheço no movimento dos homens no Brasil não vai votar na Dilma. Então, se você é um dos nossos correligionários que vai votar nela, me faça ao menos o favor de não se sentir ofendido por isso. Entre nós, se tornou difícil os defensores da Dilma, ou os desafetos do PSDB ou do ex-governador mineiro, defenderem seu apoio a Dilma, quando se trata das questões de homens e meninos. Aqueles entre nós que votam na Dilma, votam por outros motivos políticos. A Dilma, na forma como trata os homens e meninos, especificamente, é indefensável.

E A DIREITA POLÍTICA?

Aqui, vou repetir: O Aécio não é um candidato da direita política. Nenhum candidato da direita conservadora chegou ao 2º turno.

A segunda verdade (a primeira foi sobre a esquerda), também vou ser repetitivo, para ira dos nossos correligionários direitistas engajados: Quem apostar na direita conservadora, no âmbito de Direitos dos Homens e Meninos, vai se decepcionar. Não vou aqui entrar em detalhes sobre ginocentrismo e desprezo por homens, como grupo humano, dos “conservadores” e como isso já é uma tradição mais que centenária – embora isso seja só um pouco mais sutil que a atuação gritante dos “guerrilheiros socio-culturais” que proliferam à esquerda – ou como os pensadores à direita conservadora preferem chamá-los, os “marxistas culturais”. Basta aqui dizer que os tais políticos “conservadores” não só não impedem as leis e políticas anti-homem no congresso ou no poder executivo: continuamente são a favor delas.

MAS ENTÃO, E O AÉCIO NEVES?

É só ver o programa de governo do candidato do PSDB que você vai constatar que as discriminações contra homens, pais e meninos também está lá. Veja (clique aqui) que os primeiros conjuntos de propostas políticas abertamente excluem os homens. O Aécio, isso é notável, mesmo não sendo unanimidade, está vencendo entre nós, por ser um mal menor. É isso.

Um lembrete, fora das eleições: Não esqueçam que a votação do Projeto de Lei da Guarda Compartilhada vai ser votado na terça-feira. Mas a discriminação judicial vai continuar. Lamento dizer isso, mas é a realidade: Temos muito o que fazer. Mesmo assim, é de enorme importância que cada um de nós assine e obtenha assinaturas para o PLC 117, no site “votenaweb”, e mande e-mails para todos os congressistas que puder. Eis um congressista que merece reconhecimento, por ter ouvido aos pais (e muitas mães, também) que sofrem, junto com seus filhos, a violência da Alienação Parental: O deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), propositor de mais este projeto de lei sobre guarda compartilhada.

Concluindo, eu espero de coração que todos entre nós, no movimento dos homens nacional, percebam que há muito o que fazer. Vamos votar, a eleição é importante, mas nós, sejam os mais de direita, sejam os mais à esquerda, ainda vamos ter muito o que lutar. Não adianta nos dividir entre nós por divergências de latitude ou longitude políico-filosóficas.

Eu sei que isso tudo é muito polêmico e as acusações de sermos de direita e de esquerda vão continuar. As paixões são grandes e o pensamento binário é uma tendência muito forte. Mas eu espero que mais pessoas, em seu tempo, vão entender o que fazemos aqui.

Essa não é uma orientação de voto, é um artigo de opinião. Eu não sou um indoutrinador. Se o AVfM estivesse aqui para fazer campanha partidária, teríamos feito. Este é o dia da eleição e todos já pesaram bastante as coisas.

Portanto, bom voto.

E se preparem, porque após as eleições, após a votação do Projeto de Lei Complementar, ainda vamos ter muito o que fazer. Este é o nosso país, vamos lutar nele e por ele, para que seja mais forte, próspero e justo com todo ser humano. Somos ativistas brasileiros por Direitos Humanos que defendemos os direitos dos homens e meninos.

Um forte abraço!

Aldir.

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Aldir é professor e ex-servidor público. Escreve sobre questões masculinas, é editor do AVfM em português, se interessa em diversos assuntos e é violoncelista amador.

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